Ioimbina – benefícios e efeitos colaterais na queima de gordura
Ioimbina é um suplemento que pode acelerar a queima de gordura e emagrecer, mas não da forma que a maioria das pessoas imaginam e não sem gerar alguns efeitos colaterais.
O que é ioimbina e para que serve ?
Ioimbina, também conhecida como Yohimbe, é uma substância natural muito usada em pré-treinos (por ser um estimulante leve) e em queimadores de gordura (por realmente acelerar a queima da mesma).
Existem duas formas de ioimbina disponíveis em forma de suplemento:
- Extrato de casca de ioimbina. É o pó concentrado da casca da árvore de iombina. Contém uma porção menor do composto por quantidade do pó.
- Iombina HCL. É a própria molécula de ioimbina que foi extraída de uma fonte natural e combinada com ácido clorídrico.
Independente da fonte, a ioimbina funciona estimulando o sistema simpático nervoso, ativando a reação de “fuga ou luta” do corpo.
Isto faz com que alguns compostos químicos do nosso organismo, chamados catecolaminas, sejam liberados na corrente sanguínea, aumentando a temperatura corporal e pressão sanguínea.
Estas catecolaminas podem se ligar às células de gordura através de receptores adrenérgicos, favorecendo a queima de gordura (ou não, e você já vai entender o porquê).
Benefícios da ioimbina quando usada para emagrecer

Vários estudos (1,2) mostram que a suplementação com ioimbina realmente acelera a queima de gordura.
Ela funciona como um estimulante suave e ajuda na supressão do apetite (3), mas seus benefícios não terminam aqui.
Agora pouco falamos que as células de gorduras têm receptores para as catecolaminas que são liberadas em maior quantidade quando usamos ioimbina, não é mesmo ?
Bem, existem dois tipos de receptores:
- Receptores alfa;
- Receptores beta.
Sem aborrecer você com detalhes científicos, o que você precisa saber é que estes dois receptores operam de maneira diferente.
Quando as catecolaminas se ligam aos receptores beta, as células de gorduras são usadas como energia (e ocorre queima de gordura).
Quando as catecolaminas se ligam aos receptores alfa, as células de gordura NÃO são usadas como energia (e não ocorre queima de gordura).
É por isso que é difícil perder gordura em certas áreas do corpo que contém muitos receptores alfa, como abdômen e quadril.
As catecolaminas que deveriam estar sendo ligadas nos receptores beta (que geram queima de gordura), estão sendo roubadas, em parte, pelos receptores alfa (que não geram queima de gordura).
É aqui que a mágica da ioimbina acontece.
As moléculas dela tem uma grande afinidade pelos receptores alfa (4), isto significa que a ioimbina se liga mais aos receptores alfa do que beta.
Como isso vai ajudar você ?
Quando a ioimbina se liga ao receptor alfa, ela “bloqueia” ele e agora a catecolamina está livre para se ligar apenas a receptores beta e aumentar a queima de gordura.
Em outras palavras, a ioimbina ocupa os receptores que não geram queima de gordura, enquanto deixa livre os que geram para que as catecolaminas possam se ligar a eles.
Lembre-se também que os receptores alfa ficam nas regiões mais chatas para perder gordura (como o abdômen), logo a queima poderá ser maior nestes locais quando usamos ioimbina.
Melhor ainda é que estudos (5) sugerem que a ioimbina reduz gordura corporal, enquanto mantém a massa muscular, o que é ótimo para composição corporal.
Onde comprar
Ioimbina pode ser encontrada em farmácias de manipulação como a OficialFarma, por cerca de R$25 (sim, é realmente barato). Se for comparada com outros suplementos que prometem resultados parecidos, a Ioimbina manipulada tem um preço custo-benefício infinitamente superior.
Benefícios na hipertrofia
O fato da ioimbina funcionar como um estimulante suave, significa que você vai ter mais disposição durante o dia, isto também será transferido para os treinos, permitindo que você treine por mais tempo e mais pesado, mesmo fazendo dieta para queimar gordura.
Isto pode favorecer o ganho de massa muscular ou simplesmente ajudar a reter o máximo de massa magra em dietas hipocalóricas.
Benefícios na ereção
Não, você não leu errado.
A ioimbina tem um efeito positivo no fluxo sanguíneo nos corpos cavernosos do pênis, isto significa que ela age como uma espécie de viagra natural e vai melhorar a potencia das ereções em homens.
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Dosagem
Estudos sugerem que uma dosagem de 0.2mg de ioimbina HCL por kg de peso corporal é suficiente para auxiliar na queima de gordura, sem gerar muitos efeitos colaterais (mais sobre isso logo a frente).
Isto significa que uma pessoa com 80kg pode tomar 16mg de ioimbina, contudo tenha em mente que você não precisa começar nessa dosagem, mas sim com um 1/3 dela.
Por exemplo: você tem 80kg e sua dose máxima é de 16mg. Então comece com cerca de 5mg e conforme seu corpo for respondendo [aos efeitos colaterais], aumente para 10mg e então para 16mg.
Fique atento a suplementos que fornecem o extrato da casca. Apesar de fornecerem dosagens como 800 a 1200mg por cápsula, apenas 1 ou 2% é a substância real que nos interessa, por isso procure sempre por cloridrato de ioimbina ou ioimbina HCL.
Como tomar corretamente
Ioimbina funciona melhor quando combinada com exercícios, já que isto aumenta a liberação de catecolaminas.
Em outras palavras, não espere muito da ioimbina se a sua intenção é usá-la para ficar sentado o dia todo no sofá vendo NetFlix.
Outra coisa extremamente importante é que níveis elevados de insulina podem anular completamente os benefícios da ioimbina.
Isto significa basicamente que ingerir muitos carboidratos, açúcares ou outros alimentos que provoquem a insulina, vai bloquear a ação do suplemento.
Por conta disso, a melhor maneira de usar ioimbina é com o estômago totalmente vazio, algo que funciona muito bem em conjunto de jejum intermitente ou antes do seu aeróbico em jejum.
Nestas duas situações seu corpo estará com os níveis de insulina muito baixos, o que vai maximizar o efeito da ioimbina. Sem contar que durante o jejum outros hormônios queimadores de gordura, como o GH, estão altos, o que ajuda ainda mais na queima de gordura.
Exemplo de como tomar:
Com o estômago 100% vazio (em jejum), tome ioimbina e depois de 40 a 60 minutos faça aeróbicos em jejum.
Lembre-se que aeróbicos em jejum devem ser feitos em baixa intensidade. Primeiro porque, do contrário, você pode perder massa muscular, segundo que a ioimbina pode aumentar a pressão sanguínea e fazer um HIIT não é a melhor ideia.
Você também pode usar cafeína em conjunto para potencializar o efeito de ambos os compostos, mas sempre utilizando a menor dose possível e aumentando gradativamente.
Quais resultados devemos esperar da ioimbina ?
Se você chegou até aqui, é porque já deve estar animado com a ideia de usar ioimbina, mas é necessário realizar uma checagem de realidade.
Ioimbina é um composto natural e não vai gerar resultados milagrosos, principalmente da noite para o dia.
Dieta e treino continuarão sendo os principais responsáveis na mudança do seu físico. A ioimbina vai apenas acelerar os seus esforços.
Se sua intenção for evitar exercícios e não fazer dieta, faça um favor a si mesmo e não compre ioimbina, pois nesse caso não vai fazer diferença alguma.
Por outro lado, se você já treina pesado e faz dieta hipocalórica (principalmente jejum intermitente), a ioimbina vai acelerar ainda mais os resultados.
Cafeína é um composto que também aumenta a liberação de catecolaminas, logo tem uma ação sinergista com a ioimbina e pode potencializar os resultados.
Apenas lembre-se que ioimbina é um estimulante leve e combinar com outros estimulantes (como a cafeína) potencializará tanto os benefícios como os efeitos colaterais de ambos.
Por falar nisso…
Efeitos colaterais
Como a ioimbina altera a sua resposta em situações de “luta ou fuga”, ela pode aumentar a ansiedade e impulsividade.
Isto não é um problema para pessoas que não tem problemas pré-existentes, mas deve ser evitada por aqueles que tem.
Inclusive ela pode interferir com medicamentos para ansiedade, síndrome do pânico, depressão e coisas do tipo. Tome muito cuidado se você usa qualquer medicamento de uso contínuo desta categoria.
Ioimbina também pode aumentar a pressão sanguínea, portanto deve ser evitada por pessoas muito acima do peso e/ou com problemas cardíacos e de pressão arterial.
Ela não deve ser usada em conjunto de outras drogas que afetam os receptores beta-adrenérgicos, como efedrina (franol) e clembuterol.
Pessoas saudáveis poderão usar ioimbina sem maiores problemas. Efeitos colaterais poderão ocorrer da mesma forma, mas poderão ser controlados facilmente com a diminuição da dosagem.
Palavras finais
Ioimbina é um dos poucos suplementos para queima de gordura que realmente cumprem o que prometem (com as exceções já mencionadas).
Estudos mostram que ela pode acelerar o seu metabolismo, melhorar a performance no treino e ainda dar uma pequena mãozinha na queima de gordura localizada (por conta dos receptores alfa nestes locais).
Ioimbina vai funcionar ainda mais se você treinar pesado, fazer dieta e usar suplementos como cafeína.
Claro, ela não vai transformar o seu físico sozinha e fazer você ficar com 6% de gordura corporal, mas definitivamente vai ajudar você chegar lá mais rápido.
Referências
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17214405
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12323115
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6145164
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10611634
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17214405
Bulário
Contraindicação do Cloridrato de Ioimbina
Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade ao Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) ou a qualquer um dos componentes da formulação e para pacientes com disfunção renal ou hepática, anginapectoris, hipertensão, doenças cardíacas e doenças psiquiátricas.
Ioimbina é contraindicado durante a gravidez.
Como usar o Cloridrato de Ioimbina
Um comprimido de Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) três vezes ao dia. Se ocorrerem reações como náusea, tontura ou nervosismo, a dosagem pode ser reduzida para ½ comprimido, três vezes ao dia.
Posteriormente, a dose deve ser aumentada gradualmente para 1 comprimido três vezes ao dia. O tratamento não deve ser superior a 10 semanas.
Reações Adversas do Cloridrato de Ioimbina
As frequências dos eventos adversos ao Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) não foram determinadas.
Sistema Nervoso Central
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) penetra facilmente no sistema nervoso central (SNC) e produz um complexo padrão de respostas com doses menores do que aquelas requeridas para produzir bloqueio alfa-adrenérgico. Estados de ansiedade, tontura, cefaleia, excitação, insônia e sintomas de mania já foram descritos. Outros eventos adversos incluem piloereção, rinorreia, aumento da atividade motora, nervosismo, irritabilidade, vertigem e tremores. Parestesia, alteração da coordenação e estados dissociativos têm sido observados em casos graves. Aumento da sudorese é comum após administração parenteral da medicação.
Efeitos Cardiovasculares
Hipertensão e taquicardia.
Efeitos Endócrinos
Ação antidiurética.
Efeitos Gastrintestinais
Náusea e vômitos.
Efeitos Respiratórios
Espasmo brônquico, tosse e sinusite.
Efeitos Dermatológicos
Exantema e rubor.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Cloridrato de Ioimbina
Não administrar Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) com alfuzosina, atenolol, losartana, carbamazepina e inibidores da monoamino oxidase.
Com anlodipina e verapamil pode ocorrer redução da eficácia dos bloqueadores de canal de cálcio.
Com clomipramina pode ocorrer aumento do risco de hipotensão.
Com enalapril e captopril pode ocorrer redução da eficácia do inibidor da enzima conversora de angiotensina. Com sibutramina pode ocorrer o aumento do risco de efeitos adversos cardiovasculares.
Com furosemida, espironolactona, clortalidona e hidroclorotiazida pode ocorrer redução da eficácia do diurético. Com antidepressivos tricíclicos pode ocorrer aumento da chance de eventos adversos cardiovasculares.
A administração de ioimbina com a clonidina, metildopa e minoxidil pode causar redução da eficácia destes medicamentos.
Precauções do Cloridrato de Ioimbina
Pacientes recebendo ioimbina devem estar sob supervisão de especialistas habituados ao seu uso.
Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) deve ser usado com cautela em pacientes com história de úlcera gastroduodenal. Recomenda-se a monitorização periódica da pressão arterial e da frequência cardíaca.
A eficácia deste medicamento no tratamento da disfunção erétil depende da capacidade funcional do paciente.
Uso Pediátrico
Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) não deve ser administrado em crianças.
Interferência em exames laboratoriais
Não há relato de interferência do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) em exames laboratoriais.
Geriatria
Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) não deve ser administrado a pacientes idosos, pois eles são mais sensíveis aos seus efeitos.
Gravidez e lactação
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) é contraindicado durante a gravidez. Não se sabe se o Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) é excretado no leite e, por isso, ele não deve ser usado por mulheres lactantes.
Ação do Cloridrato de Ioimbina
Resultados da eficácia
Estudos clínicos sobre a eficácia do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) no tratamento de disfunções sexuais masculinas
Em um estudo que avaliou a eficácia do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) na impotência de origem psicogênica, Reid et al. acompanharam 48 indivíduos em um estudo parcialmente cruzado, duplo-cego, placebo-controlado com o Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) (18 mg ao dia) durante 10 semanas para restabelecimento da função erétil.
No final do primeiro período do estudo, 62% dos indivíduos que faziam parte do grupo tratado com o Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) e 16 % daqueles no grupo placebo relataram alguma melhora na função sexual. No geral, 46% dos pacientes que receberam o Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) relataram uma resposta positiva à medicação.
Ernst & Pittler realizaram uma revisão sistemática para avaliar a eficácia da ioimbina na disfunção erétil; 7 estudos considerados de metodologia satisfatória cumpriam os critérios de inclusão pré-definidos e foram analisados.
Os resultados demonstraram que a ioimbina é superior ao placebo no tratamento da disfunção erétil (odds ratio 3,85, intervalo de confiança de 95% de 2,22 - 6,67). Os eventos adversos sérios foram infrequentes e reversíveis.
Riley et al. conduziram um estudo multicêntrico em indivíduos que já haviam sido tratados por disfunção erétil secundária no Reino Unido. Incluíram 61 homens entre 18 e 70 anos que receberam 5,4 mg de Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) ou placebo, 3 vezes ao dia por 8 semanas.
Após este período, os pacientes eram encaminhados de maneira cruzada ao outro braço do estudo por mais 8 semanas. A cada 4 semanas, o intervalo e a frequência das ereções eram avaliados através de questionários de auto avaliação.
Após as primeiras 8 semanas de tratamento 36,7% dos pacientes tratados com Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) e 12,9% dos indivíduos do grupo placebo (p<0,05) relataram melhora do estímulo da ereção. Dos indivíduos que pertenciam ao grupo placebo 41,9% (p<0,02) referiram melhora da ereção quando passaram para o grupo de medicação ativa. Parâmetros como ereção matinal e ereção espontânea não foram afetados.
Não foram observados abandono do tratamento, sintomas de abstinência ou eventos adversos graves.
Em um estudo clínico com Cloridrato de Ioimbina (substância ativa), placebo-controlado e duplo-cego, Vogt et ai., incluíram 86 pacientes com disfunção erétil sem diferenciação clara de causa orgânica ou psicogênica.
Em 85 pacientes foi avaliada segurança/tolerabilidade (n= 43 no grupo do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa), n= 42 no grupo placebo) e em 83 foi avaliada eficácia (n= 41 no grupo do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) e n= 42 no grupo placebo).
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) foi administrado oralmente na dosagem de 30 mg por dia (dois comprimidos de 5 mg três vezes ao dia) por oito semanas. Os pacientes foram examinados após quatro semanas, e na visita final, após oito semanas de tratamento. A avaliação da eficácia foi baseada nos critérios objetivos e subjetivos.
Os critérios subjetivos incluíam melhora no desejo sexual, na satisfação sexual, na frequência dos contatos sexuais, e na qualidade da ereção (rigidez peniana) durante o contato/intercurso sexual. Os critérios objetivos dos resultados foram baseados na melhora da rigidez peniana determinada pelo uso da polissonografia do sono.
Oitenta e um pacientes (n= 41 no grupo do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa), n= 40 no grupo placebo) completaram oitos semanas do tratamento proposto. O cloridrato de íoimbina demonstrou maior efetividade do que o placebo com taxa de resposta: 71 versus 45%. Foram relatados 13 casos de eventos adversos no grupo tratado com Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) (30.2%) versus 4 casos no grupo placebo (9.5%).
Não houve evento adverso sério no grupo tratado com Cloridrato de Ioimbina (substância ativa).
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) é um alcaloide indolalquilamínico com estrutura química similar à reserpina. É o principal alcaloide da casca da árvore africana Corynanthe yohimbe, e é encontrado também na Rauwolfia Serpentina (L) Benth.
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) bloqueia os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos; sua ação vasodilatadora periférica se assemelha a da reserpina, embora mais fraca e de menor duração.
O efeito do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) sobre o sistema nervoso autônomo periférico é o aumento da atividade parassimpática (colinérgica) e a diminuição da atividade simpática (adrenérgica).
No desempenho sexual masculino, a ereção está ligada à atividade colinérgica e ao bloqueio alfa-2 adrenérgico, os quais podem resultar em aumento do tônus peniano, diminuição do esvaziamento do fluxo sanguíneo no pênis ou ambos, provocando a estimulação erétil sem aumentar o desejo sexual.
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) produz vasodilatação do corpo cavernoso pelo efeito alfa-antagonista.
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) exerce ação estimulante sobre o humor e pode aumentar a ansiedade. Ambas as ações não foram adequadamente estudadas ou relacionadas com a dosagem, entretanto aparentam estar associadas a altas doses da droga.
A ioimbina tem uma ação antidiurética moderada, provavelmente via estimulação dos centros hipotalâmicos e liberação do hormônio antidiurético pela hipófise posterior.
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) não parece exercer influência significante sobre a estimulação cardíaca e sobre outros efeitos mediados pelos receptores beta-adrenérgicos, seus efeitos sobre a pressão sanguínea são moderados.
Farmacocinética
O Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) é rapidamente absorvido e eliminado (médias de meia-vida de eliminação e Tmáx < 1 hora). A absorção oral é rápida (geralmente completa em 45 a 60 minutos) e a média da meia-vida de absorção oral é de 0,17 +/- 0,11 horas (aproximadamente 11 minutos).
A absorção do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) parece ser afetada pela ingestão de alimentos gordurosos, aumentando a meia-vida de 0,28 ± 0,24 h para 0,70 ± 0,53 h, sem afetar a meia-vida de eliminação.
Biodisponibilidade
A biodisponibilidade do Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) é baixa e demonstra uma grande variabilidade (7 a 87%, com a média de 33%).
Transporte e Metabolismo
Desde que o Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) esteja estável no sangue, a liberação rápida de Cloridrato de Ioimbina (substância ativa) do plasma humano sugere metabolismo da medicação por um órgão com fluxo sanguíneo alto, como fígado ou rim e uma alta eficiência de extração.
Excreção
Menos de 1% da medicação inalterada pode ser recuperada na urina em 24 horas.